IP Finance é o uso da Propriedade Intelectual (PI) — como marcas, patentes, softwares e know-how — como ativos econômicos que podem ser valorizados, utilizados como garantias e integrados a operações de crédito e investimento. Ele transforma ativos intelectuais em ferramentas concretas de financiamento e crescimento.
Podem ser utilizados: marcas registradas, patentes concedidas, programas de computador, desenhos industriais, direitos autorais, segredos industriais (know-how), indicações geográficas e até contratos de licenciamento. Tudo depende da segurança jurídica e da capacidade de gerar valor econômico futuro.
O uso colateral consiste em oferecer um bem como garantia para a obtenção de um empréstimo ou financiamento. Esse bem — chamado de colateral — assegura o cumprimento da obrigação financeira. No contexto do IP Finance, em vez de oferecer bens físicos, participação societária ou lucros futuros, a empresa oferece um ativo de propriedade intelectual com valor econômico comprovado, ou ainda, receitas previstas decorrentes de licenciamento, cessão ou royalties vinculados a esse ativo.
🏠 Imóvel (em financiamentos imobiliários)
🚗 Veículo (em empréstimos com garantia veicular)
📈 Ações ou títulos
📦 Equipamentos
📄 Propriedade Intelectual (no caso do IP Finance)
Sim. O estudo do INPI cita um caso de 2020, em que uma empresa do setor de turismo usou sua marca registrada e domínios de internet como garantia, avaliados em R$ 38 milhões, para obter um novo financiamento.
Ao reconhecer a PI como ativo, o IP Finance permite que empreendedores com soluções inovadoras — mas sem bens físicos — possam apresentar suas criações como garantias, obtendo crédito, investimento ou entrada em programas públicos. Isso democratiza o acesso ao capital e estimula a economia baseada no conhecimento.

